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sábado, 14 de agosto de 2010

Mais uma feira agropecuária é realizada no sertão de Sergipe e o Sebrae marca presença oferecendo gratuitamente o que mais sabe fazer: levar conhecimento em gestão e estimular a cultura empreendedora. A "5ª Feira Agropecuária do Alto Sertão Sergipano" acontece de hoje (12) a domingo (15), no Complexo Agropecuário de Canindé do São Francisco. A abertura oficial acontece na noite desta quinta feira.

Segundo o gerente Pedro Gomes Fiscina, o Sebrae participa com o espaço do agronegócio, em uma área de 192m² com salas onde haverá capacitações, oficinas, clínica tecnológicas e palestras gerenciais. "No local, as pessoas também podem contar com o apoio dos nossos consultores, que prestarão atendimentos na área de gestão, abertura de negócio e informações sobre apicultura e criação de caprinos e ovinos", explica Fiscina.

Quem visitar o espaço do agronegócio terá acesso a oficinas orientando sobre como fazer cosméticos à base de leite de cabra, com 16 horas/aula; treinamento sobre o tema aprender a empreender, também com 16 horas de duração; além de boas práticas de produção no apiário, que será de 20 horas/aula.

A Feira é uma ação da Prefeitura de Canindé do São Francisco, com patrocínio Sebrae, apoio Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Senar, Emdagro e Governo do Estado.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias (2010-08-12)

terça-feira, 10 de agosto de 2010


ACONTECERÁ DE 27 A 29 DE AGOSTO É UM EVENTO QUE VEM PRIMANDO PELA ORGANIZAÇÃO. O SECRETARIO MUNICIPAL DE AGRICULTURA WALTENIS E O PRESIDENTE DA ASCCO ACERTARAM A COLABORAÇÃO DA ASCCO NA SEÇÃO DE OVINOS E CAPRINOS E CONSTARÁ DO RANKING SERGIPANO. A PREFEITURA MUNICIPAL DISTRIBUIRÁ R$ 5 MIL EM PRÊMIOS PARA OS OVINOS.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010


Realizada na cidade de Canindé acontecerá nos dias 12 a 15 de agosto de 2010 e fará parte do ranking sergipano 2010. Haverá uma premiação para os ovinos no valor de R$ 4 mil.

As inscrições , para os ovinos, devem ser feitas na sede da ASCCO ou pelo telefone (79) 3241-7303, com D. Sara.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Bolsa Bode

Antônio Carlos Alves

Programa inédito oferece oportunidade a jovens. O bode é a principal vitrine deste Município. Detentora do título de "capital nacional do bode", Tejuçuoca está desenvolvendo um programa inédito no Nordeste, o Bolsa Bode




O Bode é a principal vitrine deste Município. Detentora do título de "capital nacional do Bode", Tejuçuoca está desenvolvendo um programa inédito no Nordeste, o Bolsa Bode. Os 20 jovens selecionados para fazer parte do programa já estão colhendo os primeiros frutos na revitalização de ovinos e Caprinos do semiárido.

Metade do grupo ganhou dez cabras. A outra metade, dez ovelhas, todas prenhas e que já pariram, aumentando o rebanho de todos os jovens envolvidos no projeto, que garante também apriscos e capineiras.

O auxílio mensal de R$ 100,00 ajuda a cobrir gastos com vacinas e ração. Os jovens passaram por oficinas para aprender a criar os animais. Em contrapartida, a Prefeitura irá comprar a carne e o leite produzidos pelos participantes.

"Tenho recebido elogios dos colegas prefeitos e de órgãos de governos federal e estadual. O essencial do projeto é a geração de renda, de inclusão social", comemora o prefeito de Tejuçuoca, Edilardo Eufrásio.

Resultados

Fábio Sousa Magalhães, de 19 anos, residente na localidade de Riacho das Pedras, a 10Km da sede de Tejuçuoca, não esconde a alegria de estar participando do programa. "Antes não tinha nenhum tipo de renda, trabalhava para meu pai, hoje me sinto um cidadão responsável porque vou cuidar de meu próprio negócio". Fábio já mostra com orgulho o aprisco, capineira e as crias que ajudam a aumentar o seu rebanho de ovinos. Para ele, isso irá facilitar a sua vida, porque passará a trabalhar para si próprio. "Tenho um rebanho qualificado e as vendas se tornarão mais fáceis. Minha meta é ampliar os negócios e fortalecer a cadeia produtiva na região", adianta.

Maria Edilane Barbosa Silva, 18 anos, que mora no outro lado do Riacho das Pedras já tem experiência com a criação de cabras e se mostra feliz com a inovação do programa. "Quando surgiu o programa tive interesse de continuar criando e garantir uma melhor genética em meu rebanho. Sabendo lidar com o Bode não existe problemas, basta oferecer uma boa alimentação e ele não irá sair à procura de alimento em terras alheias", diz. "O Bode é nosso orgulho e tem uma grande aceitação", fala Edilane, que já tem quatro novas crias, três machos e uma fêmea da raça caprina. "Criar um animal que tem aptidão para nossa região é ótimo".

Na cidade em que há um Bode para cada morador, a tendência é que, com a inovação do programa, o número de animais aumente ainda mais. Na opinião do presidente da Associação dos Criadores de Caprinos Leiteiros do Ceará, Manoel Ricarte, os animais com uma qualidade racial leiteira e com aptidão e adaptação na região serão peça chave para o sucesso do projeto. "Aproveitar os recursos naturais de Tejuçuoca com um complemento de ração balanceada. Esta é a receita para produzir o leite com menor custo, e assim incentivar o produtor".

A maior riqueza do Bolsa Bode será o combate à desnutrição infantil. "Será um grande componente para combater a mortalidade de crianças, apoio as gestantes e pessoas da terceira idade", observa o gerente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão do Ceará (Ematerce), Fernando Castro.

O Bolsa Bode tem também a função de fixar homens e mulheres jovens no campo, acabando com o êxodo rural.

MAIS INFORMAÇÕES

Secretaria de Ciência e Tecnologia de Tauá
(88) 3437.3259
Prefeitura Municipal: (88) 3437.2068

Prefeitura de Tejuçuoca
(85) 3323.1158 / 3323.1146
Secretaria de Desenvolvimento Rural
(85) 3323.1273

terça-feira, 13 de julho de 2010


A Portaria 1059, publicada no final do mês de abril pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), apelidada de Leite Legal, deu uma injeção de ânimo no setor de caprinocultura de leite no Estado e vem estimulando novos investimentos por parte dos criadores. "Dos cerca de dois mil caprinocultores cadastrados em Minas Gerais, apenas cerca de 120 estão em condições de comercializar leite de cabra, devido às limitações impostas pela legislação. Mas agora, com essa conquista, esse quadro deve mudar", afirma a presidente da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Minas Gerais (Accomig/Caprileite), Aurora Gouveia. A portaria regulamenta a utilização da pasteurização lenta no beneficiamento do leite de cabra para o consumo humano. Até então, somente era admitida a pasteurização rápida, o mesmo processo adotado para o leite de vaca, que exige alto investimento dos criadores. Para Cinthya Leite Madureira, coordenadora de Pecuária da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a medida causará impacto positivo na oferta do produto para os consumidores, com a inserção de muitos caprinocultores até então excluídos do mercado formal. Ela estima que o custo de um equipamento de pasteurização lenta sai em torno de R$ 4 mil. "Pequenos produtores poderão atuar em conjunto, para utilizar a capacidade máxima permitida, de 100 litros por dia", sugere. Um dos criadores animados com a nova portaria é Onivaldo Ramos Leão, com um capril com 35 fêmeas em Itabirito, ele já planeja adquirir outras 25 cabras este ano. Além de aumentar a oferta de leite e a renda dos produtores, ele prevê outra vantagem também para os consumidores. "O preço do queijo também poderá ficar mais acessível." No varejo, o leite de cabra é encontrado congelado, em sacos plásticos, com preços de R$ 1,90 a R$ 2,50 por litro, enquanto o queijo do tipo frescal é vendido entre R$ 15,00 e R$ 20,00 o quilo. Derivados Outra boa notícia esperada pelos produtores de caprinos e ovinos é a aprovação de uma lei que regula as condições higiênico-sanitárias da produção artesanal de leite de cabra e de ovelha e seus derivados. Projeto de Lei sobre o assunto (4004/2009) está em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Atualmente, as normas vigentes são as mesmas utilizadas pela bovinocultura. "Muitas vezes os criadores de ovinos e caprinos não têm condições de entrar no mercado formal, pois a escala de produção é muito inferior, se comparada à criação de vacas. Isso inviabiliza os investimentos. Por isso, o setor precisa de uma legislação específica, adequada ao seu porte e às particularidades da atividade", explica a coordenadora de Pecuária da Emater-MG. Cinthya Leite Madureira afirma que a caprinocultura é uma atividade com bom potencial de crescimento na agricultura familiar, pois exige investimento relativamente baixo, com boa lucratividade. "As cabras não precisam de tanto espaço quanto a criação de vacas. Além disso, os criadores têm menos gastos também com alimentação dos animais e o leite e derivados têm maior valor agregado que os de vaca", compara. Diferenças nos métodos - Na pasteurização lenta, aprovada para volumes de até 100 litros de leite de cabra processados por dia, o produto, após ensacado, fica em banho maria com temperatura de 63°C a 65°C por 30 minutos, sob constante agitação. Em seguida, é resfriado rapidamente até atingir 4ºC ou menos, podendo inclusive ser congelado. - Na pasteurização rápida, exigida para o leite de vaca, o líquido, em volumes de até 500 litros por hora, passa por placas, onde atinge rapidamente temperaturas entre 72°C e 75°C, durante 15 a 20 segundos, para então ser resfriado a 4°C. No leite de vaca, não pode haver congelamento.

Fonte: 17/05/2010 - Agência Brasileira de Notícias

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Por uma agência nacional de inovação

O Brasil hoje vive um momento especial. O País elevou seu patamar de crescimento, é fato. Mas as perspectivas de sua sustentação ainda seguem imersas em brumas. Não se trata de mais uma vez registrar o rol de conhecidos obstáculos à permanência do crescimento, mas de apontar e equacionar o desafio mais importante colocado para o País.

A economia brasileira precisa de um choque de inovação.

O necessário aumento do investimento, a melhoria da infraestrutura, a execução de uma boa gestão macroeconômica, capaz de manter domesticada a inflação, e o equacionamento no longo prazo da alta carga tributária e da dívida pública, por fundamentais que sejam, não podem turvar a visão de nossos governantes para a urgência de se promover um salto no padrão de qualidade da atividade econômica. Para isso, mais do que aumentar o investimento, é preciso melhorar o seu foco e sua qualidade, de modo a dinamizar e diversificar a economia e superar a crônica dependência brasileira do universo das commodities.

Esse é o maior desafio, que está longe de se limitar à esfera econômica. Desde o ciclo desenvolvimentista o Brasil procura repensar e modificar sua ossatura institucional, recriar sua arquitetura legal e repensar seus dispositivos políticos para se adaptar às transformações que sacudiram o mundo. O País deu passos enormes nessa direção. Mais importante ainda, caminhou rumo ao estabelecimento de um novo equilíbrio nas relações entre Estado e mercados, distante do velho desenvolvimentismo e da ortodoxia econômica que fez sucesso nos anos 90. Fato é que, sem a combinação de uma economia de mercado com um novo ativismo de Estado - sem estatismo -, dificilmente seria possível combater mazelas crônicas, como as desigualdades e a pobreza.

A sintonia entre esforço pelo crescimento e forte investimento social é a grande responsável pelo momento positivo que o País vive atualmente: ao acionar mecanismos sociais sutis, liberou energias por todos os poros da sociedade, com impacto no conjunto da economia.

Sabemos que as estratégias são mais cristalinas no papel, pois no mundo real são recheadas de ambiguidades e conflitos. Mesmo assim, é forçoso constatar que o País amadureceu e conseguiu diminuir a distância que o separa das nações mais avançadas, ainda que o caminho a percorrer seja longo.

O Brasil está hoje mais preparado para lidar com o novo lugar ocupado pelas atividades intensivas em conhecimento, que tornaram, mundialmente, os processos de reprodução da vida material, social e cultural mais complexos, dinâmicos e integrados. Essa constatação, porém, não nos leva a afirmar a inevitabilidade do sucesso. A economia está numa encruzilhada: ou as empresas evoluem, alteram seu metabolismo, dinamizam sua gestão, valorizam os recursos humanos como estratégia e buscam elevar seu padrão tecnológico e ligar-se às cadeias mundiais de alto valor agregado ou, mais uma vez, o fôlego será curto para manter o crescimento.

É essencial, por isso, que hábitos e costumes sejam alterados dentro das empresas. Mas o País só ganhará dinamismo com um esforço conjunto do setor público e do privado, capaz de envolver as universidades, o Legislativo, o Judiciário e demais instituições sociais.

A inovação no Brasil deve tornar-se regra, não exceção. Debates sobre a necessidade dessa evolução são cada vez mais frequentes e foram retomados com intensidade durante a 4.ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada em Brasília em maio. Mais de 4 mil participantes mostraram que a reflexão sobre os rumos do País da parcela da elite brasileira mais diretamente envolvida com a produção de ciência e tecnologia atingiu um novo patamar.

Se conseguisse potencializar inquietações desse tipo, ainda que parcialmente, o debate eleitoral ajudaria a semear o futuro. Esperança vã?

Não custa convidar os candidatos a se pronunciarem sobre a proposta de criação de uma agência nacional de inovação, ligada diretamente à Presidência da República. Essa proposta constava do documento original preparatório à conferência e também fez parte das recomendações entregues pela Confederação Nacional da Indústria aos atuais candidatos presidenciais.

Uma agência nacional com peso, recursos e legitimidade para alavancar significativamente o investimento em inovação é essencial para diminuir a pulverização de recursos, a burocracia, a morosidade da máquina pública e manter o foco de suas atenções onde é preciso.

Uma agência desse porte, criada a partir da fusão de instituições como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi), por exemplo, com orçamento renovado e representatividade institucional dada pela ligação estreita com os principais planos e metas da Presidência da República, pode ajudar o País a se conectar com o futuro.

Que as esperanças por um debate de qualidade sobre os alicerces de um novo Brasil não se frustrem mais uma vez.

COORDENADOR DO OBSERVATÓRIO DE INOVAÇÃO DO INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS DA USP, É MEMBRO DO CONSELHO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

domingo, 6 de junho de 2010

Incra burla lei e legaliza áreas invadidas

Avaliações em propriedades rurais ocupadas são proibidas, mesmo assim, instituto realizou vistorias nos últimos anos para desapropriação de terras



Um cruzamento inédito entre terras vistoriadas para desapropriação e assentamento de sem-terra e propriedades invadidas mostra que a reforma agrária do governo Luiz Inácio Lula da Silva virou um programa fora da lei.

A legislação é clara ao proibir qualquer tipo de avaliação em área rural invadida, mas o Instituto Nacional de Colonização e reforma agrária (Incra) comprovadamente realizou, nos últimos quatro anos, vistorias para desapropriar terras que estavam sob ocupação ilegal.

O cruzamento foi feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) depois de solicitar à ouvidoria do Incra a relação das propriedades rurais invadidas desde 2006, número de famílias envolvidas e quem comandou as invasões. O Movimento dos Sem-Terra (MST) liderou a maioria das ações e 112 mil famílias participaram das invasões.

O TCU pediu ainda a lista de áreas vistoriadas para fins de reforma agrária nos últimos quatro anos. A lei que vem sendo burlada é a 8.629/93, atualizada em 2000, no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

A legislação determina que imóvel rural invadido não será vistoriado, avaliado ou desapropriado nos dois anos seguintes à sua desocupação. O mapa do TCU revela dois padrões de ilegalidade nas cinco regiões do País: vistoria logo após a terra ter sido invadida e invasão tão logo a vistoria tenha começado.

Centenas de fazendas em São Paulo, Bahia, Paraná, Alagoas, Goiás, Rondônia, entre outros Estados, compõem o lista do TCU. No dia 12 de maio de 2007, por exemplo, 150 famílias do MST, segundo o Incra, invadiram a Fazenda Samambaia, no município de Wenceslau Guimarães (BA). No ano seguinte, o governo iniciou uma vistoria na área para a reforma agrária.

Em Goiás, no dia 18 de agosto de 2008, 40 famílias do MST ocuparam as terras da Fazenda Estância Flávia Cristina, em Matrinchã. O Incra iniciou a vistoria na fazenda no mesmo dia.

Propriedade militar. Até uma área do Exército foi ocupada por sem-terra em novembro de 2008 em Vilhena (RO). Um ano depois, o governo abriu processo de vistoria no local. Na cidade de Theobroma, também em Rondônia, o Incra iniciou processo de vistoria e desapropriação da Fazenda Majaru em 2007. As terras foram ocupadas um ano antes por integrantes do MST.

Duas fazendas invadidas em Dracena (SP) em junho de 2009 foram vistoriadas no mesmo ano. Em fevereiro de 2008, o MST ocupou terras numa propriedade em Aparecida D Oeste (SP) e o Incra também fiscalizou o local naquele ano.

Isso é preocupante. Mostra que o descumprimento da lei tem se tornado política de Estado, avaliou o procurador do TCU Marinus Marsico.

A possível omissão do poder público em suspender os processos expropriatórios funciona como um incentivo à adesão de novas famílias às ocupações irregulares, diz o documento entregue à presidência do TCU. O órgão analisa agora a abertura de processo para apurar possíveis ilegalidades e suspender o dinheiro público usado na reforma agrária em áreas invadidas.

 

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